Conheça melhor:
Carlos do Carmo
(1939 - 2021)
Figura maior do panorama fadista, Carlos Alberto do Carmo Almeida, que adoptou o nome artístico de Carlos do Carmo, é filho único da grande fadista Lucília do Carmo e do empresário Alfredo Almeida, e nasceu em Lisboa no dia 21 de Dezembro de 1939.(…)
(…) estudou várias línguas estrangeiras, facto que lhe permite falar fluentemente francês, inglês, alemão, italiano e espanhol. (…)
(…) Carlos do Carmo contacta muito prematuramente com o fado, frequenta com os pais as matinés e verbenas de fim-de-semana. Filho de uma das figuras de maior destaque do universo fadista - Lucília do Carmo - o intérprete diz-nos ter começado a ouvir fado no ventre da mãe (…)
(…) Em 1967 a Casa da Imprensa distingue-o com o prémio “Melhor Intérprete” e, em 1970, atribui-lhe o prémio Pozal Domingues de “Melhor Disco do Ano”, para o seu primeiro álbum, intitulado "O Fado de Carlos do Carmo", editado pela Alvorada em 1969.(…)
(…)Temas como “Um Homem na Cidade”, “O Cacilheiro”, “Fado do Campo Grande”, “O Amarelo da Carris” ou “O Homem das Castanhas” tornaram-se verdadeiros clássicos de sucesso entre o vasto repertório de Carlos do Carmo. (…)
Museu do Fado. 2014. Carlos Do Carmo - Museu Do Fado. [online] Disponível em:
<https://www.museudofado.pt/fado/personalidade/carlos-do-carmo> [Acesso 5 janeiro 2021].
Os Putos
Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto
Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto
Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens
As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo
Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola…
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola…
Letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Paulo de Carvalho
Fonte: Musixmatch
Os putos é uma canção portuguesa, com letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Paulo de Carvalho, em género de fado. Foi um grande marco da música portuguesa do pós-25 de Abril.
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