24/07/2020

Poemas em E@D | Pandemia - 8ºD e 8ºE



Seleção de POEMAS
(Realizados durante a suspensão das aulas presenciais – março a junho 2020, sob a coordenação da Prof. Madalena Costa)




Tema “PANDEMIA”

8ºD


  

O Vírus

Minha querida pandemia
Vieste a sorrir da Ásia até Leiria
E todos ficámos com azia.

A tua presença tudo mudou por aí fora
Como o vento limpa o chão a toda a hora.
Deixámos de sair para a rua
Pois, abriste a caixa de pandora.
Que grande sorte a tua
Que nos trancaste onde a gente mora.

E nesta tristeza sente-se a alegria
Ao ver os animais apoderarem-se do céu e das terras
Vazia das maldades dos homens e de suas guerras.
Isolados, ficámos mais perto graças à tecnologia
Confinados, ficámos fortes na resistência
Mas os fracos choram rios de lágrimas desta experiência.


À minha quarentena

Grande caos provocas,
Havia ordem antes do teu chegar.
Sem sair, em casa tenho de me refugiar,
Sem sorte nesta tua terrível pandemia,
Sem amigos para falar e confraternizar.
Sem pelo mundo poder viajar,
Trabalho todo o dia.
De casa não me poder esquivar,
Tive as minhas rotinas de mudar.
E tu, vírus, prolongas a sua estadia.

Pássaros na janela cantaram,
Velhinhas nas varandas se sentaram.
Sem de casa poder sair,
O meu universo veio a reduzir.
Pequenas as tarefas que tenho de fazer,
E nesta rotina tenho de me manter.
Lá fora as palmas manifestaram
A memória dos que do vírus não escaparam.

Pessoal auxiliar, médicos e enfermeiros,
Na saúde lutaram,
Polícias, bombeiros e até padeiros,
No resto ajudaram.
E a ti vírus espero que nos deixe sem receios,
Como as flores cujo pólen suavemente já libertaram.


Pandemia

A pandemia foi como um gatilho de mudança para o mundo
Mudou tudo e todos, de plantas a animais, e até político a vagabundo.
A pandemia leva o mundo para a evolução
Para que todos ganhem seu ganha-pão,
Para não cairmos na aflição.

A pandemia trouxe o medo do sono eterno
Que dura para além de toda a eternidade
Temos de lidar com isso com responsabilidade
Para que não passamos ir para o inferno.

Nestes tempos, há quem fique desocupado e há quem fique muito ocupado
Nestes tempos, há quem suba cada vez mais para cima na vida
Nestes tempos, há quem fique cada vez mais desapontado
Por estar endividado.
Por isso vamos todos ter mais cuidado,
Para o mundo não ficar desleixado.


Até há pouco tempo tudo era normal,
Como se tivéssemos uma imunidade total.

Agora todos os cuidados são poucos,
Agora estamos afastados de tudo.
A epidemia chegou para derrubar todos.

Um dia estamos bem, e no outro estamos mal,
Temos febre, tosse e dificuldade em respirar,
Que valentes que somos…
Afinal não passo de um mero mortal!


Quarentena

Sexta-feira treze as escolas fecham,
Alunos e professores vão para casa para sempre,
Os pais só se queixam…

Muitas pessoas sem trabalho,
Ficam à procura do baralho.
Muitas pessoas sem comida,
Não comem a comida preferida.

Não fazem exercício, comem um pudim,
Engordam até rebentar,
Pelos ginásios vão aguardar,
Enquanto limpam o jardim,
Têm medo de sair e passear.


Reinventar a vida

Seguiremos juntos até ao fim
Sem perder a esperança
Seguiremos assim
Como uma aliança

Temos de matar a pandemia,
Para um dia
Poder comemorar,
O vírus não nos derrubar
E a família podermos visitar.

Quem quer que se queira juntar
Sabe que pode vencer
Para a melhor coisa receber.
Mas antes de receber,
Temos de oferecer
E outras pessoas ajudar.


O isolamento social

No isolamento social
Os jardins sentem-se sozinhos
Sentem a falta das pessoas, dos animais,
Do som dos carros,
De todos os seus amiguinhos
Até do chato do pardal.

É como se o tempo fosse uma lesma e quase parasse
E o silêncio reinasse…
É normal ficarmos tristes,
Mas temos de ficar contentes!

Não se pode abraçar,
Não se pode tocar,
Não se pode beijar,
Esta pandemia muito levou.
Milhares de pessoas partirão,
Para muito longe…
E já não voltarão.


2020

O ano começou e tudo mal ficou.
A pandemia nos parou
E em casa nos isolou.

Aprendemos a ter calma,
E em casa a estudar,
Porque até a nossa escola
Tivemos de deixar.

Quando tudo acabar,
Mil voltas vamos dar.
Mas até isto passar,
Vamos ter de aguentar
E juntos trabalhar.


O mundo com saudade

Saudade do que temos e do que vivemos
Esvoaça nas ruas um silêncio profundo
Daquele que chamamos ser o nosso mundo
Um simples bom dia, um abraço, um olhar
Acordar e saber como tudo pode e está a desabar

Estamos num momento de paragem
Um novo entendimento, uma nova abordagem
Saudades da família
Saudades dos amigos
Dos abraços demorados após uma quezília
Saudades das zangas e até dos castigos
Lembranças antigas
Recordações já mais esquecidas

É difícil o olhar a janela, ouvir o vazio
Vivendo apenas da esperança e do acreditar
No regresso da abundancia de um novo começar
No limite da exaustão
A pandemia que nos assombra
O sentimento profundo que domina o mundo
Aguardamos o regresso e a sua renovação.


Dentro de casa

Em casa sem poder sair
Em casa sem a nossa liberdade
Pensamos muito em desistir
A imaginação floresce à vontade

Sem fazer o seu normal dia
Sem ter a normal companhia
Torna-se mais complicado.

Enquanto o sol sorria para as casas
Estradas, ruas, parques, mercado,
Tudo vazio como um deserto
Ricos e pobres, todos de coração
Evitando sonhos profundos de pessoas
Estando em casa, usam as asas
Da nossa imaginação.


Pandemia

Como o mundo parou por um vírus,
Tão pequeno como uma bactéria.
Mas, por que é que este é especial?
Pois nunca foi visto nada igual.

Por este vírus fez-se um isolamento.
Durou tanto tempo que fomos invadidos.
Os animais selvagens saíram às ruas.
Achámos que estavam perdidos
Mas também era o habitat deles.

Com o vírus percebemos mais uma vez,
Que os enfermeiros cuidadores valem mais
Do que futebolistas, atores, músicos e cantores.
Os enfermeiros ajudam a não perder pessoas
Os jogadores e músicos fazem música e espetáculo
Sabemos que são também precisos
Mas, sem dúvida, recebem demais…
Devíamos dar mais valor
A quem trata da nossa dor!


Coronavírus

O maldito do coronavírus
não me deixa sair de casa.
Nem um pouco de sol posso apanhar
para ficar uma brasa.

As saudades já batem forte,
dos amigos, familiares e até professores.
Queremos sair
queremos apanhar sol
queremos passear pelos campos de flores.
Estamos fechados como cães,
com o medo do que ai vem.

Uns querem ficar, eu quero sair
todos queremos que tudo acabe.
Com este vírus que anda todo contente
algumas pessoas já partiram.
Não sei se vamos sobreviver,
nem sei se o amanhã vai haver!


Covid-19, um vírus letal
É como um dia chuvoso de intensa chuva
Entretanto eu acho banal
Que ele se divirta na rua
Daí o achar sensacional

Meses cá casa em confinamento
Meses passei eu em relento
De repente peguei no cata-vento
E fui passear a um convento

Já de visita ao convento
Fui parado pela polícia
Tal e qual como o 007
Parado na italiana Benevento
Entretanto de volta a casa
Cheguei bem de saúde
E recomecei o meu confinamento.


Todos em casa

Pais, filhos e avós,
Todos em casa há três meses,
Pela querida pandemia,
Vou à rua algumas vezes,
Para mim é uma alegria.

O tempo custa a passar,
Os dias parecem meses,
Tocando música às vezes,
E outras vezes a estudar,
É assim o dia-a-dia,
Durante esta pandemia.

Quero que isto acabe já,
Quero avançar para a frente,
Ver o fim desta tristeza,
Ter de novo a alegria.


Bichinho

Tudo corria bem,
A vida ia andando a andar
Tudo se fazia sem nunca parar
Agora perdidos, tristes e isolados
Porque muitos estamos parados
Pois apareceu um bichinho matreiro
Que se esconde o dia inteiro

Este bicho que mata tanta gente
Novos, velhos seja quem for
Tem de ser travado
Sem medo nem dor
Temos de lhe fazer frente
Para não ouvirmos:
“Aquele passou desta para melhor”.

Mas não é tudo mau…
O planeta estava mal, agora está bem
Com tanta força dos humanos
Pronto para enfrentar o que aí vem.


A mudança

Uma doença chegou ao mundo
tão rápida como um animal
Demorou um segundo
até tudo ficar mal.

Presos nuns quadrados
ficámos todos tarados
Com pouco desporto
e estas novas regras
parecemos todos umas esferas

Faremos de tudo,
Faremos trinta por uma linha
para voltar àquela aulinha
com muito estudo…
Muito contentes estávamos
Pena que veio um bichinho
E tristes nos lamentámos


Coronavírus

Raios partam este corona,
Agora só fico na minha poltrona,
Só queria mesmo trabalhar,
Mas adoro poder procrastinar,
E esperar o vírus não me derrubar.

Todos querem álcool-gel,
E um cão para passear,
Máscara tenho de usar,
Todos querem um papel
Para se poderem limpar,
Aí Jesus, não me quero infetar.

O corona não para de me seguir.
Aos meus avós foi-lhes pedido para lutar,
E a mim é-me pedido para esperar,
E tal como o tempo, prosseguir.




8ºE



O coronavírus é um monstro,
Que se parece com uma bola,
Por isso em casa devemos ficar
Para o coronavírus não nos atacar.

Médicos, enfermeiros e cientistas
Tentam encontrar a vacina,
E cada vez mais queremos
Ir para a piscina.

Tanta tristeza e alegria
Tanta saudade por cada amigo e familiar,
Tanto coração partido na quarentena,
Tanto sentimento num só dia.


A vida com um novo inimigo

Distante de quem amo
Sem cheirar, ver ou sentir
Partiu-se assim um ramo
Tivemos que partir
Muitos fugiram de nós
Como nós fugimos dele
Como ele nos cansa a pele

Um bicho bem porreiro
Que mata várias pessoas

Seguiremos sem fazer drama
Pela chama da nossa alma
O que temos de fazer
É proteger quem nos ama


A noite é bela
Mas o Covid 19 não
Só quero saber
Se vai acabar ou não
O Covid é como um furacão
Leva alguns de nós para a escuridão

Temos que ser fortes de mãos e pés,
Pois ele leva tudo o que lhe passa à frente
Estar em casa é importante
Mas sair à rua pode ser relevante

As crianças, os adultos e os adolescentes
Estão todos preocupados…
Temos que aguentar!
Eu sei que é difícil
Mas eu sei que vamos superar.


Podíamos estar a brincar, pular, correr,
Mas este vírus veio para mudar vidas,
Estamos presos em casa sem nada para fazer.

Muitas pessoas viraram uma alma perdida,
Muitas pessoas estão infetadas,
Muitas pessoas ficaram recuperadas,
Mas tiveram que encarar uma luta sofrida.

A verdade é que só falta o vírus falar,
É uma pena que ele só venha ao mundo para matar,
É tão mortífero como um crocodilo esfomeado,
E tão cruel como roubar a comida de quem não a tem,
Temos que nos esforçar para este monstro não atacar.


O Egoísmo Humano

Pandemia, isolamento, distanciamento...
Muitos pensaram que durasse apenas um momento...
Medo, pânico, incerteza...
Os dias passam, os números crescem, as mortes não têm fim.
Com o passar do tempo surgiu a perda e a tristeza...
A esperança de superar o impossível, enfim...

Milhares a morrer, mas querem quebrar a quarentena
Milhares a reclamar como umas crianças
Quando não recebem o brinquedo que querem,
Se não saem
E não estão com os amigos desde março,
Nem fecham a boca pequena
E não sabem ver o disfarço.

Enquanto se sonha numa mudança
Enquanto existir vida, há de haver esperança.


Entre deprimentes paredes me encontro,
Este isolamento é um sufoco.

Debruçada sobre esta mesa,
A pensar como seria,
Se não estivesse aqui presa.

Quero sair,
Quero correr,
Quero sentir,
Esquecer esta pandemia,
Como será voltar a viver?


O Bicho apareceu na China
E começou-se a propagar
Parece uma ventania
Que ninguém consegue parar

Suspendeu as nossas vidas
Acabaram-se as corridas
A casa é uma prisão
Temos aulas pela televisão

Aumentam as distâncias
Aumentam as saudades
Aumentam as dúvidas
Aumentam as ansiedades
Aumentam os que se vão
Aumentam os que a chorar ficam
Aumentam os que têm fome
Aumentam os que se sacrificam

A ganhar ficou o Planeta
Cresceu-lhe um pulmão
Com grande satisfação
Combate os ultravioleta

Vamos viver a vida
Abraçar com abracinhos
Beijar com beijinhos
Vamos celebrar a vida


Este medo tem que acabar
Angústia, medo, desespero, até…
Temos que nos empenhar
Nos cuidados … e ter fé

Covid é como o fim do mundo
Sim!!! Um buraco sem fundo
Covid é uma epidemia
Covid não é mania
Temos que nos salvar
E com o vírus acabar

Pessoas deixaram este mundo
Há problemas e destruição
Tudo se desmoronou, que aflição!!!
Este mal é profundamente profundo,
Mas tudo vai acabar bem!!!


O corona está a andar,
Em casa vamos ter que ficar
Vou passar mais um dia de quarentena
Mas pelo menos vale a pena.

O corona está a vir,
O corona está-se a espalhar
Pessoas estão a ir
Pessoas estão a chorar.

Máscaras, luvas e álcool vou ter que usar
Não gosto nada delas
Mas tem que se evitar as cuspidelas
           
Os casos estão a subir para cima,
Como se estivessem num elevador sem fim,
Num jogo onde o objetivo é sobreviver,
Todos querem ganhar.
Eu só me pergunto o que será de mim?


Andava pelas ruas
De mão em mão
Este vírus sem coração.

A pandemia
Veio-nos confinar,
Para o vírus
Ninguém apanhar.
Ao isolamento social nos obrigou
Mas estudo em casa, videoconferências, chats
e muitos mais métodos
Se inventou.

Sem máscara,
Sem proteção,
Sem nada,
Tudo pode correr mal.
Tem muito cuidado
Porque isto não é banal.
Não é preciso teres medo do vírus,
Ninguém te está a dizer isso.
Tem apenas cuidado quando vais à rua
E apercebe-te disso.

Lembra-te também dos teus avós
E daqueles que têm idade para o ser.          
Não os deixes sair lá para fora,
Fá-los perceber!

É chato, é verdade,
Parece que vamos morrer!
Mas pensa assim:
Se as recomendações cumprires
Mais cedo te podes divertir
E com os amigos sorrir.

Já reparaste que um bicho tão pequenino
Que quase não se vê
É capaz de levar tanta gente
Para tão longe de nós?
Não é muito diferente dos humanos,
Estamos a caminhar para lá.
Temos de acabar com isto,
Se queremos ficar por cá.


O lar é uma prisão

O tempo anda distraído,
Ultimamente eu não tenho saído.
Não se sabe se é quarta ou segunda.
Não se sabe se o clima está quente ou frio.
Agora o comum combina com solidão profunda,
Enquanto a socialização diminuiu.

Quando me levanto, vejo o amanhecer
Estes dias parecem oceanos infinitos
E os tranquilos dias passados viraram mitos.
Nesta crise é melhor saber bem o que escolher
Pois gel, luvas, viseira e máscara não levada,
Acaba numa consequência inesperada,
Pessoas são transformadas em anjos…

Umas estão a lutar pela sobrevivência,
Outras estão em prantos,
E as restantes a viver na negligência.


A história do vírus

Traz a pandemia,
Traz a pobreza
Mas coisas boas traz de certeza.

Infetados, funcionários, trabalhadores,
No hospital mantém-se afastados
Deixando todos preocupados
No meio de todos os horrores.

É como uma pulga,
Diverte-se de corpo em corpo
Alguns têm de partir
Outros irão contar com palavras
A história que um dia nos vai fazer rir.


Quando a pandemia começou
Ninguém sabia o que esperar
Algum do nosso ânimo levou
Mas parar não é opção.
A nossa esperança não podeacabar.

Toda a gente achava
Que ia ser como na prisão.
Pois as nossas almas sufocava.
Perdemos muita gente.
Mas as coisas foram acalmando
E a tempestade foi passando.

As portas da esperança foram abrindo
E tivemos de priorizar a segurança.
Porque precisamos de prevenir a propagação,
Salvar o mundo e destruir o vírus é a nossa nova missão.


Quando tudo começou
Nem queria acreditar
Dia e noite, o país parou
Quis fugir para outro lugar

Luvas, máscara, gel passei a usar
Ninguém imaginava o que íamos passar

À espera da escola abrir
Na terra do rio Lis estou
Quero com os olhos sorrir.